quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Teorias do desenvolvimento

Em relação ao desenvolvimento da criança e do adolescente existem inúmeras teorias, cada uma delas abordando aspectos diferentes, quer de ordem psicológica, quer de ordem biológica e comportamental.
Dentre essas teorias  destacam-se:
Psicodinâmicas que se subdivide em Psicanálise desenvolvida por Freud e  a Psicologia Analítica  desenvolvida por Carl Gustav Jung.
Psicogenéticas que se subdivide em Construtivista desenvolvida por Jean Piaget e a Sócio-Construtivista desenvolvida por Lev Vygotsky.
Psicosocial: desenvolvida por Erik Erikson.

Psicanálise 
Sigmund Freud contribuiu para a compreensão do processo de desenvolvimento da criança ao difundir a ideia de que o comportamento se deve, não apenas a processos conscientes, mas também aos processos inconscientes. O mais elementar dos processos inconscientes, segundo Freud, é uma pulsão sexual instintiva, denominada libido, presente no nascimento e que representa a força motivadora de todo o nosso comportamento. A idéia básica expressa por Freud era a de que, a resolução bem sucedida das várias fases da infância, seria essencial para o “normal” funcionamento do adulto.

Estágios de desenvolvimento

A maioria das teorias sobre o desenvolvimento é estruturada em estágios, apresentando a criança, em cada um deles, diferentes características.


Estágios de Freud

- Fase oral (do nascimento aos 12-18 meses): a criança recebe gratificação através da boca, língua e lábios. Nesta fase, sugar e morder adquirem especial importância.

- Fase anal (dos 12-18 meses aos 3 anos): ânus e áreas vizinhas são fonte de interesse e gratificação, principalmente no acto de defecar; nesta fase, é importante o treino do controlo dos esfíncteres.

- Fase fálica (dos 3 aos 5-6 anos): a gratificação é obtida através da estimulação genital. Nesta fase encontra-se o complexo de Édipo. É comum a masturbação e está presente a angústia de castração (temor de perda ou dano dos òrgãos genitais).

- Fase de lactência (dos 6 anos até o início da puberdade): período de relativa tranquilidade sexual entre os anos pré-escolares e a adolescência. As pulsões sexuais são desviadas para objectivos aceites socialmente (estudo, desporto). Formação da consciência e do senso moral e ético (conceitos sobre o certo e errado, o bem e o mal) no final do período.

- Fase genital (da puberdade em diante): as mudanças hormonais dão origem à sexualidade adulta e a um novo tipo de relacionamento (intimidade) com o sexo oposto. 

Fundamentos da Psicologia Analítica
 
Segundo Jung, a personalidade total ou psique, apresenta o self como o centro da personalidade, sendo esta estruturada em sistemas diferenciados e que atuam entre si. Os principais sistemas são o ego, o inconsciente pessoal e seus complexos, e o inconsciente coletivo e seus arquétipos, a anima e o animus e a sombra, além das atitudes de introversão e extroversão e as funções do pensamento, sentimento, sensação e intuição.

O inconsciente de acordo com a Psicologia Analítica

De acordo com a Psicologia Analítica o inconsciente pode ser pessoal ou coletivo.
O Inconsciente Pessoal consiste em experiências que anteriormente foram conscientes, porém agora se encontram reprimidas, e também em experiências passadas fracas demais para deixar uma impressão no indivíduo. O Inconsciente Pessoal é adjacente ao ego.
O Inconsciente Coletivo ou Transpessoal é o sistema mais poderoso e influente da psique segundo a teoria da personalidade de Jung que vê nos casos patológicos a dominação deste sobre o ego e o inconsciente pessoal. O Inconsciente Coletivo é o reservatório de traços de memória latente herdado de um passado ancestral (onde se encontram tanto a história racial separada dos seres humanos como também a de seus ancestrais pré-humanos ou animais). O Inconsciente Coletivo é aparentemente universal, quase que totalmente separado do que é pessoal na vida da pessoa e de acordo com a teoria de Jung é o resíduo psíquico do desenvolvimento evolutivo dos seres humanos acumulado em decorrência de experiências repetidas no transcorrer de inúmeras gerações e através do Inconsciente Coletivo é que são erigidos o ego e o inconsciente pessoal, além de quaisquer outras aquisições individuais.

Fontes:
http://www.psicoastro.com/artigos/teorias-do-desenvolvimento
http://www.euniverso.com.br/Psyche/Psicologia/analitica/fundamentosda%20psianalitica.htm







 

Um pouco sobre psicologia


O objecto da psicologia é o estudo científico do comportamento (reacções observáveis) e os processos mentais e da relação entre eles (sentimentos, emoções, fantasias – não podem ser observáveis directamente). A psicologia estuda questões ligadas à personalidade, à memória, à inteligência, ao funcionamento do sistema nervoso, ao comportamento em grupo, ao prazer e à dor...
“Os psicólogos não se limitam à descrição do comportamento. Vão mais além: procuram explicá-lo, prevê-lo e, por último, modificá-lo para melhorar a vida das pessoas e da sociedade em geral.”


A psicologia como ciência independente nos finais do século XIX, quando Wundt funda o primeiro Laboratório de Psicologia Experimental, na Alemanha.





Fonte: http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/psicologia/psicologia_trabalhos/teoria_desenv.htm

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Afinal, o que é a psicologia?

Para entendermos o que é psicologia, temos que saber sua trajetória, conhecer os principais  pensadores que  contribuíram para esta se desenvolver como ciência.




Psicologia pré-científica


A psicologia surge da fusão entre a filosofia, que investiga e critica racionalmente os princípios fundamentais relacionados ao mundo e ao homem,  e a fisiologia que estuda o funcionamento do organismo.
Surge então um questionamento sobre o homem, e para tentar resolver essa questão várias personalidades contribuem para a compreensão desta ciência.
Dentre estas personalidades destacam-se, Sócrates, Platão, Aristóteles e Descartes.
Sócrates acredita que o homem nasce com o conhecimento, só que este não sabe que sabe, ou seja, Sócrates tenta extrair o conhecimento que existe dentro do homem através da dialética (discurso).
Platão fala sobre o mundo das aparências (sensível), o qual é uma cópia imperfeita do que existe no mundo das ideias.
Aristóteles diz que o homem ao nascer não possui conhecimento, é como uma folha em branco e na medida em vai obtendo suas experiências, vai criando suas ideias e na mesma medida em que vai percebendo o mundo forma suas ideias e associa-as.
Descartes acredita que o homem é um ser dual, é constituído de duas partes diferentes, o corpo que é material e a alma que é imaterial.
Aparece simultaneamente na França e na Inglaterra duas correntes antagônicas o racionalismo e o empirismo.
O racionalismo surge  na França, o qual prega que o corpo funciona sozinho e   é a mente que vai animar o corpo, e que a mesma é inata (nasce com ele) do homem. Valoriza-se a razão, e todo o conhecimento está relacionado com a mente.
Surge na Inglaterra o empirismo que prega que o homem quando nasce é uma tábua rasa, não traz conhecimento, vai formando-o no decorrer da vida à medida que vai obtendo suas experiências.

Psicologia como ciência
A psicologia surge como ciência na Alemanha, em 1879,  com o fisiologista Wilhein Wonolt, fundador da psicologia, o qual que estuda a relação entre o corpo e  a mente, onde o seu objeto de estudo passa a ser a mesma, criando assim o método de introspecção para conhecer a estrutura da mente.
Surgem várias escolas concorrentes de psicologia, e esta se sub-divide, surgindo assim várias correntes. Dentre elas destacam-se:
Estruturalismo: nasce nos EUA e tem como principal precursor Eduard Titchener, o estruturalismo  estuda como a mente é construída e  tem como objeto de estudo os estados de consciência.
Funcionalista: estuda como a mente funciona, foi criada nos EUA por Willian James e John Dewey .
Behavionismo: é extremamente influenciado pelo positivismo, este pregava que a mente não podia ser medida nem quantificada, por isso a psicologia que a tem como objeto de estudo  não  pode ser considerada ciência. 
Watson, principal autor desta corrente, influenciado pela crítica positivista troca o estudo da mente pelo do comportamento, com isso ele torna a psicologia uma ciência. Agora não interessa mais o que se passa na mente e sim o que se pode tirar, medir.
No Construtivismo o sujeito é visto como um activo construtor de conhecimento e seu objeto de estudo são as estruturas da inteligência.
 Psicologia da forma ou Psicologia da Gestalt: o cérebro é um sistema dinâmico no qual  se produz uma interação entre os elementos. A mente cria percepções ilusórias.
Psicanálise: desenvolvida por Sigmund Freud,  se propõe à compreensão e análise do homem, compreendido enquanto sujeito do inconsciente, que é  a estrutura da mente que não conhecemos  e  determina o que nós seremos, não existe assim a ideia de livre - arbítrio.  O inconsciente é bem maior do que a consciência.